Open Finance (Iniciação de Pagamento)

Qual é a diferença entre Open Finance e Open Banking? Explicamos tudo!

Criado em 30 de jul. de 2021

(Atualizado em 19 de mar. de 2024)

Uma das grandes novidades de 2021 para o mercado financeiro é o chamado Open Finance. Anunciado pelo Banco Central (BC) no início do ano, o lançamento representa um avanço significativo em termos de digitalização, dinamização e transparência. Afinal, o Open Finance promete trazer uma gama de oportunidades para o ecossistema financeiro brasileiro.

O conceito da novidade pode ser definido como uma evolução do Open Banking, mas você sabe o que isso significa?

Em resumo, o Open Finance nada mais é do que uma expansão do modelo original. Assim, mais instituições farão parte do sistema — não só bancos e fintechs. A ideia é que sejam incluídas empresas como corretoras de investimentos, companhias de câmbio e fundos de previdência.

Neste artigo, entenda o porquê dessa expansão. Além disso, diferencie os conceitos de Open Finance e Open Banking. Saiba, também, como esse lançamento pode afetar a rotina de clientes e instituições financeiras e de pagamento.

O que é Open Banking?

O Open Banking, ou sistema financeiro aberto, é uma porta aberta de possibilidades. Com essa novidade, clientes de produtos e serviços financeiros podem permitir o compartilhamento de seus dados entre instituições autorizadas pelo Banco Central.

Ou seja, com o Open Banking, o correntista passa a ser “dono” dos próprios dados bancários e históricos de transação. Dessa forma, pode compartilhá-los com outra instituição para conseguir contratar produtos e serviços bancários — sem precisar abrir uma nova conta. 

Na prática, esse ecossistema permite que os consumidores “criem” seu próprio banco, selecionando as melhores vantagens de cada instituição. 

Além disso, por meio do Open Banking, o correntista consegue visualizar em um único espaço toda a sua vida financeira.

Imagine que uma pessoa utilize quatro produtos ou serviços financeiros:

  1. uma conta corrente em um banco tradicional;
  2. um cartão de débito, como o oferecido pela Efí;
  3. investimentos diversificados em uma corretora de valores;
  4. e um empréstimo em uma instituição financeira especializada neste tipo de serviço. 

Com o Open Banking, tudo isso poderá ficar concentrado em um só lugar — é claro, mediante ao consentimento do usuário!

O que é Open Finance?

Primeiramente, é importante saber que o Open Finance pode ser compreendido como uma evolução natural do Open Banking. 

De acordo com o BC, o intuito desse novo programa de negócio é a possibilidade de atingir não apenas os bancos (que concentram grande parte das operações financeiras no Brasil), mas também outros sistemas financeiros.

A posição do BC vem ao encontro de uma demanda que cresce cada vez mais no mercado: a possibilidade de dar uma maior autonomia e controle de dados ao cliente. 

Por meio dessa expansão, diversas áreas do mercado financeiro poderão, via sistema aberto, oferecer serviços que permitam experiências mais completas aos consumidores.

O intuito é que ele promova ainda mais diversidade nas operações ao incorporar todos os setores financeiros do país. Além disso, com o surgimento desse sistema financeiro aberto, será possível que novos modelos de serviços possam ser ofertados.

Dessa forma, o Open Finance promoverá um salto nas possibilidades do sistema financeiro brasileiro. 

Com maior dinamismo, inovação e transparência, será possível que correntistas e investidores encontrem melhores opções para as suas operações e possam controlar melhor as suas finanças, independentemente de seu perfil e propósito financeiro.

Qual a diferença entre Open Finance e Open Banking?

Em poucas palavras, a grande diferença é que antes a possibilidade de compartilhamento de dados só seria possível entre bancos e instituições financeiras ou de pagamento. Ou seja, uma pessoa poderia levar o histórico construído ao longo do tempo de um banco para outro. 

Com o Open Finance, essa mesma pessoa poderá levar o histórico para outros players do mercado e conseguir melhores condições. Por exemplo: para uma corretora de investimentos, uma corretora de seguros e uma série de outras instituições.

O que muda com o Open Finance?

De acordo com o próprio Bacen, por meio dessa sistemática haverá mais competição, uma vez que as instituições participantes poderão ofertar produtos e serviços levando em conta o que é oferecido pelo concorrente, buscando condições mais vantajosas.

Além disso, será possível também que o consumidor tenha maior controle de sua situação financeira. Caso ele tenha, por exemplo, conta corrente em mais de um banco, poderá controlar todas as suas informações em um único local.

As principais vantagens do sistema financeiro aberto

Para os clientes

O primeiro aspecto a ser destacado é a prioridade à segurança das informações. 

O processamento desses dados vai ser protegido e supervisionado pelo Banco Central, de modo a garantir a própria segurança e o sigilo bancário dos clientes. 

Uma das premissas do Open Finance é de que os dados bancários pertencem ao próprio cliente, não à instituição financeira ou de pagamento. 

Portanto, são os clientes que escolhem como, quando e com quem compartilhar essas informações — tudo de forma gratuita.

Na prática, o usuário pode comprovar seu histórico de movimentação e contratar serviços financeiros em outras instituições com mais facilidade.

Por meio do Open Finance, os clientes também podem visualizar o extrato consolidado de todas as suas movimentações em um único local. 

Para as instituições financeiras e de pagamento

Para as instituições, com o Open Finance será possível ter acesso aos dados dos clientes de suas concorrentes e, a partir disso, elaborar ou aplicar estratégias para atraí-los ou fidelizá-los. 

Isso amplifica as possibilidades de atração e parcerias e alimenta a tomada de decisão.

Embora essa seja uma maneira de garantir a integridade da situação financeira dos clientes, a retenção de dados gera uma grande vantagem competitiva para a instituição que a detém. 

Um banco que concentra todo o histórico de um cliente consegue perceber melhor qual é o seu perfil e oferecer serviços mais personalizados para ele. Dessa forma, é mais fácil fidelizar esse cliente, fazendo com que ele não migre para outra instituição.

Por isso, abrir o sistema financeiro permite com que outras instituições tenham acesso ao perfil do cliente e, a partir disso, ofereçam serviços adequados a ele. 

Dessa forma, o Open Finance permite uma maior transparência e controle ao próprio cliente. Ele poderá levar os seus dados para onde bem desejar, com o intuito de encontrar as melhores condições para o seu bolso.

Para modelos de negócio

Durante a Fase 3 de implementação do Open Banking, os clientes poderão fazer pagamentos e transferências diretamente de apps de mensagens, carteiras digitais e e-commerces, por exemplo — eles precisam se tornar iniciadores de pagamento ou contratar as APIs de uma iniciadora com funcionamento autorizado pelo BC, como a Efí.

Para explicar todos os detalhes e a atuação da Efí como uma das primeiras instituições certificadas como Iniciadora de Pagamentos, reunimos nossos especialistas em Open Banking, Karen Letícia, Gerente de Produtos, e Danilo Oliveira, Diretor de Produtos.

No vídeo abaixo, você vai compreender as novas possibilidades de fluxos de pagamento para negócios digitais — como e-commerces e aplicativos de delivery —, conferir exemplos práticos sobre o funcionamento do Open Banking e, claro, a importância das integrações, via API, para desenvolvedores e empreendimentos digitais.

As oportunidades e os desafios do Open Finance para o mercado

O Open Finance chega ao Brasil cheio de expectativas no que diz respeito a novas oportunidades de negócios. 

Logo de cara, é possível destacar que a barreira para a entrada de serviços financeiros no mercado será muito menor. Isso significa novos modelos de negócios, especialmente para o varejo.

Com o Open Finance, qualquer empresa, independentemente do setor, poderá melhorar a experiência do seu usuário e do seu consumidor. 

Além disso, todos os serviços e aplicativos de gestão de dados pessoais, educação e planejamento financeiro também poderão criar soluções mais interessantes para o consumidor. 

Se o Open Finance tem como base o Open Banking, que é o compartilhamento de dados bancários mediante a autorização do cliente, a premissa é que o dono das informações é o cliente, não a instituição. Com isso, o cliente tem o direito de compartilhá-las com a empresa que quiser, a qualquer tempo.

Ao entender isso, é certo afirmar que, para que a proposta do Open Finance dê certo e gere resultados, é fundamental a adesão do público, tal como a identificada na implantação do Pix no Brasil

Apesar de abrir um leque de oportunidades e competitividade entre empresas, existe a possibilidade de um certo receio dos clientes no que diz respeito à segurança das suas informações.

É importante destacar que para todo o trabalho existe o respaldo da LGPD, a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, para que o Open Finance seja, de fato, seguro.

As 4 fases da implantação do Open Finance no Brasil

A primeira etapa da implementação do Open Finance no Brasil teve início em fevereiro de 2021. No primeiro momento, os bancos providenciaram acesso público às informações sobre tarifas, produtos e serviços, empréstimos, financiamentos, entre outros dados.

Seguindo o cronograma, a segunda fase vai compreender o compartilhamento de dados de cadastro de clientes e representantes. Portanto, já estamos falando de dados mais sensíveis. Para que sejam compartilhados, devem contar, é claro, com o consentimento do usuário.

A terceira fase, por sua vez, consiste no compartilhamento dos serviços de iniciação de transação de pagamento ou de oferta de crédito. Isso significa que a partir dessa etapa, os clientes poderão pagar contas e fazer transferências por meio de aplicativos intermediários e não mais somente utilizando as ferramentas da sua instituição.

A quarta e última fase de implementação do Open Banking, finalmente, sugere a expansão do conceito para Open Finance. Portanto, é uma evolução do ecossistema, agregando novos serviços de corretoras de seguro, companhias de câmbio, plataformas de investimento e outros.

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