Depois de revolucionar os pagamentos com o Pix, o Banco Central está trazendo mais uma novidade: o Open Banking — ou Open Finance —, ecossistema que promete dar mais autonomia para os clientes, promover a concorrência e melhorar os produtos e serviços financeiros.
Certamente você já viu ou ouviu falar sobre o Open Banking em algum lugar, certo? Mas apesar do assunto estar em alta, ainda há muitas dúvidas sobre o que é, de fato, essa novidade. Então, prepare-se porque, agora, você vai aprender tudo sobre o sistema financeiro aberto. Vem com a gente!
O Open Banking é uma iniciativa do Banco Central do Brasil (BC) que permite o compartilhamento de dados e de serviços financeiros por meio de APIs que conectam bancos, fintechs, instituições financeiras e empresas.
Em resumo, o sistema financeiro aberto possibilita que os clientes — se autorizarem o compartilhamento das suas informações — possam usufruir dos benefícios de outras instituições sem ter que começar um relacionamento do zero.
Mas como assim?
Imagine: você abriu sua primeira conta bancária em uma instituição. De lá para cá, você recebeu salários, pagou contas, pegou empréstimos, etc. Todo esse histórico pertence apenas àquela instituição. Com a chegada do sistema financeiro aberto, isso muda!
Com o Open Banking, as instituições podem se conectar diretamente às plataformas de outras instituições participantes, por meio de APIs, e acessar os dados dos usuários — aqueles que forem autorizados, claro!
Dessa forma, inovações no sistema financeiro, bem como melhores ofertas de produtos e serviços financeiros serão mais comuns. Já que o consumidor terá mais liberdade para comparar e consumir os produtos que forem mais adequados a ele, mesmo que em instituições diferentes, aumentando a concorrência.
De acordo com uma pesquisa divulgada pela CNN Brasil, 65% dos brasileiros estão dispostos a compartilhar seus dados para conseguir melhores taxas.
Muitas pessoas têm associado o Open Banking a sua principal — ou, pelo menos, a mais falada — solução: o compartilhamento de dados. Mas não é apenas isso!
Existem pelo menos 3 tipos de serviços previstos no escopo do Open Banking:
A gente te explica, abaixo, o que cada um desses serviços comtempla e como eles vão funcionar. Acompanhe!
Como mencionamos lá em cima, o serviço de compartilhamento de dados do Open Banking permite que os usuários definam quais e por quanto tempo uma instituição deve compartilhar seus dados com outras instituições.
O objetivo é devolver o controle da vida financeira aos usuários, permitindo que eles encontrem ofertas de serviços mais compatíveis com suas necessidades.
Na prática, o usuário passa a ser “dono” dos próprios dados bancários e histórico de transações. A partir disso, é possível “criar” seu próprio banco, selecionando as melhores vantagens de cada instituição.
Imagine que uma pessoa utilize quatro produtos ou serviços financeiros:
Os consumidores poderão compartilhar informações cadastrais, como: nome, CPF, meios de contato, dados da conta, incluindo saldo, limites e extratos — válido para pessoa física e pessoa jurídica.
Além disso, dados sobre os produtos que eles utilizam também podem ser compartilhados, como: cartão de crédito, contratos de crédito e, em um segundo momento, será possível também seguro, investimento, etc.
Com a simetria entre o Open Banking e o Pix, os clientes poderão fazer pagamentos e transferências diretamente de apps de mensagens, carteiras digitais e e-commerces, por exemplo — eles precisam se tornar iniciadores de pagamento ou contratar as APIs de uma iniciadora com funcionamento autorizado pelo BC, como a Efí.
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Os iniciadores de pagamento são empresas, reguladas pelo Banco Central, que poderão iniciar pagamentos ou transferências para os clientes, sem que eles precisem abrir o app do banco ou instituição financeira para fazerem um Pix.
É o que acontece até então! Ao utilizar o Pix para fazer pagamentos em apps de delivery, por exemplo, é necessário copiar “Pix Copia e Cola” e abrir o app da instituição financeira para fazer o pagamento.
Bate até uma insegurança se tudo ocorreu bem na transação, não é?
Com o iniciador de pagamento, será possível pagar as compras online com mais facilidade no próprio site do e-commerce e pagar o pedido diretamente no aplicativo de delivery — e tudo vai acontecer instantaneamente.
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Imagina precisar de um empréstimo e não ter mais que pesquisar diversas opções, uma por uma, para descobrir se você está apto ou não a usar os serviços dessa instituição. Seria demais, não é?
Com o serviço de encaminhamento de proposta de crédito, solução que faz parte do escopo do Open Banking, um correspondente digital irá enviar propostas a todas as instituições — daquelas que você consentiu em compartilhar seus dados — e mediar o acesso dessas instituições ao seu histórico financeiro.
Com esse histórico em mãos, as instituições podem oferecer propostas melhores, que atendam as suas necessidades. Isso torna o processo mais simples, rápido e seguro.
Mais controle sobre seus dados e serviços mais personalizados são duas características muito fortes do Open Banking para os consumidores — você já deve ter percebido isso, até aqui. Além disso, os correntistas terão diversos outros benefícios. Nós listamos os principais abaixo!
Com a possibilidade de compartilhar o seu histórico financeiro, de forma rápida e sem burocracia, o correntista tem a autonomia e facilidade para contratar produtos e serviços de instituições diferentes, sem precisar começar um relacionamento do zero.
O sistema aberto irá provocar mais competição no mercado financeiro. Dessa forma, as instituições participantes terão que oferecer condições melhores do que seus concorrentes para atrair os consumidores — isso inclui taxas e tarifas mais baixas.
Como as instituições terão acesso a todo o histórico de transações do cliente, ficará mais fácil ofertar produtos e serviços personalizados que estejam de acordo com o perfil do usuário, o que será um benefício tanto para o banco como para os correntistas.
Uma pesquisa, realizada em cinco países da América Latina, mostra que a pandemia da COVID-19 impulsionou a inclusão financeira: 1 em cada 4 usuários começou a utilizar ferramentas digitais de pagamentos a partir de março de 2020.
Ainda assim, segundo o estudo do Instituto Locomotiva, 16,3 milhões de brasileiros não possuem conta bancária.
Com o Open Banking, os usuários que nunca tiveram acesso ou que enfrentaram dificuldades para obter produtos e serviços financeiros terão mais oportunidades, com tarifas mais acessíveis.
É bem provável que você já tenha desistido de contratar algum serviço financeiro pela burocracia que ele exigia, acertei?
Com o Open Banking, será preciso apenas autorizar o compartilhamento dos seus dados com a empresa que oferecer o produto que você tem interesse. Sem precisar assinar uma papelada.
Além disso, será muito mais fácil e rápido fazer a portabilidade de uma empresa para outra, visto que todos os sistemas estarão interligados por uma API padronizada.
Os correntistas terão uma jornada de pagamento melhor, mais simples e mais flexível com o serviço de Iniciação de Transação de Pagamento do Open Banking. Afinal, dentro da própria plataforma de compra será possível escolher com qual instituição usar para fazer o pagamento, autorizar e efetivar a compra.
Outro benefício do Open Banking para os consumidores é a possibilidade centralizar a vida financeira em uma iniciadora de pagamento e ter um maior controle sobre os valores que estão sendo movimentados.
Assim, todas as informações e serviços financeiros podem ser vistas um um mesmo lugar — mesmo que você consuma serviços de diferentes instituições.
No âmbito de negócios, isso fica ainda mais visível. Principalmente para os setores que precisam conciliar essas movimentações financeiras — os recebimentos e os pagamentos — ao fim do dia.
Para além desses, há vários outros benefícios que serão percebidos no seu dia a dia.
O Open Banking vem para incentivar a inovação e o surgimento de novos modelos de negócio. Além disso, propõe um fluxo mais transparente e uma experiência ainda melhor no uso de produtos e serviços financeiros — que favorece a inclusão financeira. Vem que a gente explica!
O Open Banking vai impulsionar o mercado financeiro como um todo — até porque não inclui apenas os bancos tradicionais —, propiciando o surgimento de novos produtos e serviços.
Comparadores e agregadores de produtos financeiros, apps de aconselhamento, marketplace de crédito e iniciação de pagamento via Pix em redes sociais e apps de mensagens são exemplos de soluções que podem surgir com o Open Banking.
Com o sistema financeiro aberto, as instituições podem ter grandes quantidades de informações dos consumidores — se eles autorizarem, é claro! Assim, fica mais fácil conhecer os usuários para desenhar soluções mais personalizadas e com melhores condições.
Além disso (e graças a isso), atrair novos clientes se torna mais fácil. Afinal, os clientes podem facilmente iniciar um novo relacionamento com qualquer instituição, favorecendo aquela que oferece opções melhores.
A proposta do BC é que as instituições financeiras possam integrar seus sistemas e realizar transações de forma automatizada e segura. Isso é feito por meio da API.
No caso do Open Banking, as instituições terão APIs abertas. Essa é uma maneira de integrar os sistemas de duas instituições financeiras, permitindo a “comunicação” entre elas e, consequentemente, a troca de dados dos usuários.
Usando as APIs abertas, reduz-se a necessidade de intermediários para desempenhar os processos do Open Banking. Isso significa processos mais ágeis e baratos.
Aqui, no Brasil, a implementação do Open Banking começou em 2021 e foi dividido em 4 fases.
Na primeira fase, as instituições participantes começaram a disponibilizar para o público informações sobre seus canais de atendimento e as características de seus produtos e serviços financeiros. Aqui, não houve nenhum compartilhamento de dados de clientes.
Foi, aqui, na segunda fase, que os usuários começaram a solicitar o compartilhamento das suas informações pessoais de cadastro, informações sobre transações em suas contas, cartão de crédito e produtos de crédito contratados com as instituições.
Ah, e claro, o compartilhamento só é possível se a pessoa autorizar, para finalidades e prazo específicos.
Já na terceira fase, nasce a possibilidade de iniciação de transação de pagamento de Pix, com entrada gradual dos outros arranjos de pagamento. Além disso, o encaminhamento de proposta de crédito também surge aqui.
A gente explicou direitinho como funcionam esses serviços, ali em cima.
E por último, veio o compartilhamento de informações sobre produtos de investimento, previdência, seguros, câmbios e outros serviços financeiros. Que abre, ainda mais, o leque de soluções mais integradas, personalizadas e acessíveis.
O Banco Central também divulgou um novo calendário em que prevê a liberação de novas funcionalidades no escopo do Open Banking. Acompanhe:
Na prática, o Open Finance é uma espécie de expansão do Open Banking. O ecossistema continua o mesmo, o que muda são as instituições participantes. Agora, além dos bancos tradicionais e das fintechs, empresas financeiras também são incluídas no sistema.
Mas como assim?
Como o nome sugere, Open Banking se restringe a serviços oferecidos por bancos. Com o intuito de abrigar mais instituições, o Banco Central anunciou, em 24 de maio de 2021, que o projeto conhecido como Open Banking se chama, agora, Open Finance.
O intuito de mudar o nome surgiu porque o Brasil tem um projeto mais abrangente de como o compartilhamento de dados vai impactar o mercado financeiro. Com essa expansão, corretoras de seguro, companhias de câmbio, fundos de previdência e outras instituições passam a ser incluídas no sistema.
Como você já viu, podemos dizer que o Open Finance é uma ampliação do Open Banking. Então, mais instituições farão parte do ecossistema durante sua implementação — não só bancos e fintechs.
Com os pagamentos via Open Finance, a experiência de pagamento do cliente será otimizada e a conversão aumentada.
Quer entender melhor sobre essa jornada? A gente preparou um material exclusivo sobre isso! Faça agora o download do Manual Open Finance para Negócios Digitais para entender todos os benefícios da experiência do cliente com a API Open Finance da Efí.
Até aqui você já entendeu o que significa Open Banking, certo? Mas o que é LGPD e o que isso tem a ver?
A gente te explica!
Em resumo, LGPD é a sigla para Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais. Essa lei traz mudanças relevantes na forma como as empresas tratam os dados pessoais de seus clientes. O objetivo é proteger os direitos de privacidade dos usuários, a liberdade de expressão, informação e controle dos dados pessoais.
Se o Open Banking permite o compartilhamento de dados, os dois assuntos precisam andar juntos — e é isso que o Banco Central prevê.
Apesar do nome significar sistema financeiro aberto, o Open Banking não tornará público os seus dados! O compartilhamento dos dados pessoais, histórico financeiro e de serviços do escopo do Open Banking depende de consentimento prévio do cliente e acontece apenas entre as instituições escolhidas pelo cliente.
Caso o cliente queira aderir ao Open Banking, a instituição deve informar a finalidade de uso dos seus dados, bem como o prazo de compartilhamento — que tem limite de até 12 meses com a instituição escolhida. Assim, é o cliente quem decide se vai ou não autorizar o compartilhamento.
Além disso, o consumidor pode, a qualquer momento, cancelar o compartilhamento dos dados.
Ao solicitar o compartilhamento de dados, os usuários precisam passar por 3 etapas determinadas pelo Banco Central. As instituições só poderão compartilhar após o cumprimento das 3, ok?
Lembrando: essas etapas devem acontecer, exclusivamente, por canais eletrônicos, para garantir a segurança e precisão, de forma sucessiva e ininterrupta, no processo. Portanto, desconfie de qualquer informação recebida de outra maneira!
Sim! Além da conformidade com a LGPD, o Open Banking é realizado dentro de um ambiente seguro, supervisionado pelo Banco Central — e apenas instituições autorizadas participam.
Além disso, o compartilhamento e a comunicação entre as instituições é feita via API, de forma criptografada, garantindo o sigilo e a proteção das informações, respeitando os mais rígidos critérios de segurança.
Também existem as regras de segurança cibernética que precisam ser cumpridas pelas instituições participantes. Elas devem implementar e manter uma política baseada em diretrizes que assegurem a confidencialidade, a integridade e a disponibilidade dos dados e dos sistemas de informação utilizados.
E mais um ponto: as instituições e seus dirigentes podem ser responsabilizados caso as regras não sejam cumpridas. Portanto, a segurança será prioridade para as instituições.
Antes de tudo, você sabe o que significa API? A sigla se refere a Application Programming Interface — ou Interface de Programação de Aplicação, em português.
Uma API reúne um conjunto de instruções e padrões de programação que permite a comunicação entre duas (ou mais) plataformas.
As APIs já são parte integrante de diversos softwares e são usadas por todos os tipos de empresas. Um exemplo claro de uso da API é quando um site nos dá a opção fazer o login usando o perfil de uma rede social, agilizando o processo de cadastro.
Na prática, o site e a rede social se comunicam por meio de uma API aberta. Dessa forma, a rede social fornece as informações que já tem do usuário para completar o cadastro no site.
Quando falamos em Open Banking, a API permite que as instituições se conectem e conversem, de forma padronizada, rápida e segura, para compartilhar dados, informações e o histórico bancário de produtos e serviços financeiros, desde que haja prévia autorização do cliente.
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A Efí é uma Instituição de Pagamento autorizada pelo Banco Central. E é, também, no ecossistema do Open Banking, Iniciadora de Transação de Pagamento e Detentora de Conta.
Mas que isso significa?
Bem, isso quer dizer que a Efí, como Iniciadora de Transação de Pagamento, por meio da API Open Banking, poderá iniciar pagamentos dentro dos próprios sites e aplicativos, se conectando a diversos bancos por meio de uma interface segura; e assim permitir que o usuário autorize um pagamento sem que ele precise entrar no app do seu banco.
A iniciação de pagamento é o principal destaque da Fase 3 de implementação do Open Banking. Afinal, a novidade reduz a fricção, diminui as etapas de pagamento para o cliente e possibilita mais eficiência e segurança para a transação.
Já o termo Detentora de Conta se refere à instituição participante do Open Banking na qual o cliente possui conta para movimentação de recursos. Ou seja, a Efí é uma das opções de Conta Digital, ainda dentro do ambiente da iniciadora de pagamento, que o usuário pode escolher para concluir uma compra.
“Quando o cliente chegar no momento do pagamento, ele terá a opção, entre outros meios de pagamento, de escolher o ‘Open Banking’, desde que o e-commerce ou aplicativo de delivery, por exemplo, seja uma instituição autorizada pelo BC ou esteja integrado à API de uma iniciadora de pagamento, como a Efí.” — Karen Letícia, Gerente de Produto da Efí
Para fazer parte do ecossistema do Open Banking, e-commerces, aplicativos de delivery e até mesmo aplicativos de mensagem precisam obter a autorização do Banco Central como Instituição Iniciadora de Pagamentos ou se conectar a uma API desse ecossistema.
Aqui, na Efí, desenvolvemos uma API aberta muito bem documentada. Além disso, garantimos que todo o processo de integração seja fácil e sem burocracia, para que sua empresa possa se dedicar ao que de fato importa.
Também possuímos um time de Consultoria Técnica, composto por desenvolvedores especialistas no assunto, dedicado a atender os integradores que precisem de apoio durante todo o processo.
E então, quer fazer parte desse ecossistema e conectar seu negócio a todo o mercado financeiro? Saiba como fazer a integração da API com a gente!
Conheça a API Pix via Open Finance
Enquanto o Open Banking está sendo implementado pelo Banco Central, aproveite para participar da Comunidade da Efí no Discord e fique por dentro das novidades desse ecossistema. Por lá, +10k desenvolvedores e especialistas que discutem e trocam experiências 24 horas, todos os dias. Faça parte!
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