Em função da pandemia do novo coronavírus, a tecnologia de pagamentos por aproximação passou a ser uma opção priorizada em todo o mundo. Uma pesquisa da Visa mostrou que, só na América Latina, 17% dos consumidoresusaram o pagamento por aproximação em sua última compra, sempre que disponível. Nesse sentido, ter em mãos um cartão contactless, além de prático, se tornou relevante, uma vez que o método foi inclusive recomendado pela OMS para evitar o contágio da COVID-19.
Além da segurança sanitária, um cartão contactless possui outras vantagens que o fazem ser uma solução altamente prática. A tecnologia permite, por exemplo, a maior duração da vida útil do cartão, já que a não utilização do chip faz com que ele se desgaste menos. Tudo isso sem abrir mão da segurança de dados.
Porém, como qualquer novidade, essa tecnologia pode causar dúvidas e insegurança para aqueles que não estão familiarizados. Por isso, siga a leitura para saber mais sobre pagamento por aproximação e tudo que envolve mitos e verdades sobre o cartão contactless.
Resumidamente, a tecnologia contactless é uma espécie de comunicação por campo de proximidade. Mas não é como o Bluetooth e o Wi-Fi que muitas pessoas já estão habituadas. Ele funciona assim: basta aproximar o cartão contactless a cerca de cinco centímetros do leitor de pagamento e aguardar o sinal de autorização.
A operação pode ser feita em qualquer maquininha de cartão que tenha um pequeno desenho que simboliza a tecnologia: quatro ondas que sugerem transmissão sem fio. Se o equipamento tiver esse desenho, significa que ele é compatível com a tecnologia.
Por meio do cartão contactless, o comprador de um produto, por exemplo, não precisa digitar a senha nas compras de até R$ 200. Isso agiliza transações rotineiras, como o embarque em transporte público (como o metrô da cidade do Rio de Janeiro) ou o cafezinho da padaria. Isso tudo sem que você precise passar o cartão para as mãos do vendedor.
Veja também: Qual cartão escolher? Entenda a diferença entre pré-pago, crédito e débito
Entendido do que se trata a tecnologia, vamos exemplificar alguns questionamentos comuns em consumidores não estão informados corretamente sobre o assunto.
Mito. O pagamento por aproximação não pode ser ativado em um cartão que não seja preparado para essa tecnologia. Para identificar facilmente, como dissemos, veja se ele possui o símbolo das quatro ondas, que remetem transmissão sem fio. Se não o identificar, entre em contato com o banco emissor para verificar se possui a opção de emissão do cartão com essa tecnologia.
Mito. Existe uma diferença entre roubo de identidade, que é quando uma pessoa finge ser outra para cometer crimes, e fraude de cartão. A fraude ocorre quando as informações do cartão do consumidor são usadas para a realização de transações não autorizadas.
Nesse sentido, cartões e dispositivos sem contato não transmitem informações que identificam o titular do cartão, como seu nome, CPF ou endereço. Por isso, há um risco baixíssimo de roubo de identidade.
Mito. Mesmo que um ladrão tente fazer pagamentos com seu cartão contactless, ele só irá conseguir realizar compras de até 200 reais. Para valores acima desse teto, é necessário inserir uma senha ou PIN.
Por isso, em caso de perda ou roubo, a orientação é efetuar o bloqueio imediato do cartão pelos canais de atendimento ou aplicativo do emissor do cartão.
Mito. A possibilidade de alguém aproximar uma maquininha ao seu cartão contactless sem você perceber é baixa. Como a comunicação entre ambos precisa ser muito próxima, a máquina praticamente teria que ser encostada no bolso da calça ou bermuda.
Assim, uma compra só é efetuada se o pagamento for autorizado na posição e distância correta (que varia entre 2,5 e 5 centímetros).
De toda forma, em situações de bastante aglomeração, como eventos de música, por exemplo, é importante se atentar sobre onde guardar o cartão contactless, para evitar qualquer problema nesse sentido.
Mito. Em geral, não existe um custo específico para ter a tecnologia contactless. No entanto, eventualmente, alguma emissora pode cobrar taxas a depender do valor ou frequência de uso. Essa tarifa deve ser informada pela instituição emissora do seu cartão durante o processo de solicitação, para evitar qualquer surpresa desagradável na hora de conferir o saldo em conta.
Verdade em partes. Geralmente, a bandeira não autoriza.
Eventualmente, o consumidor pode ter a impressão de que a conexão de internet pode fazer com que uma cobrança seja processada mais de uma vez. No entanto, mesmo se passar mais do que uma vez no checkout, geralmente, a tecnologia garante que você seja cobrado apenas uma única vez.
Caso o valor seja cobrado em duplicidade, você deve entrar em contato com o emissor do cartão.
Mito. Durante uma transação sem contato, o cartão ou o dispositivo transmite ao terminal de pagamento um número dinâmico exclusivo. Logo, ele identifica cada transação específica de forma segura.
Por isso, é correto dizer que seria praticamente impossível um fraudador conseguir copiar a criptografia empregada para gerar esse número dinâmico e criar um clone do cartão.
Além disso, o risco de clonagem do cartão é baixo, pois as transações via contactless não transmitem informações completas sobre o usuário. Exemplo: código CVV – código de verificação com três ou quatro dígitos que geralmente está localizado no verso do cartão, e que possibilita compras digitais.
Embora existam aplicativos para celular que permitem a leitura de alguns dados de um cartão ou dispositivo sem contato, esses aplicativos só conseguem ler o número do cartão e a data de validade do cartão. Além disso, o fraudador precisaria estar próximo fisicamente do cartão para que o aplicativo consiga obter essas informações.
Verdade. Da mesma forma que acontece com o chip, a tecnologia contactless só é utilizada em compras presenciais. Para autenticar uma venda e autorizá-la por telefone ou online, geralmente são necessárias diversas informações – incluindo o código de segurança CVV no verso do cartão, o nome do titular do cartão e o endereço de cobrança.
Portanto, a tecnologia contactless não é usada em transações realizadas pela internet ou pelo telefone.
Depende. Em alguns casos, comprovada a fraude, as emissoras e bandeiras de cartão podem ressarcir os clientes que tiveram os dados roubados, desde que a contestação seja válida e realizada em até 120 dias após a autorização da compra.
Quer saber mais detalhes para garantir a segurança do seu cartão? Veja esse nosso artigo Cartão pré-pago: boas práticas de segurança que você deve adotar. Até a próxima!
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