As restrições relacionadas ao Coronavírus em todo o mundo provocaram um grande estímulo para o comércio eletrônico no ano passado. Por aqui, onde esse mercado não era prioridade, a consolidação do e-commerce no Brasil veio com tudo.
Segundo dados obtidos pela Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico, em parceria com uma empresa de inteligência de mercado, o ano de 2020 fechou com um acumulado de mais de 73% de aumento nas vendas online.
Mas, e quanto a 2021, qual é a projeção de expansão? Neste artigo, você vai conferir dados do mercado que evidenciam este avanço; além de conhecer algumas tendências promissoras para transformar o seu negócio. Siga a leitura para descobrir!
O e-commerce no Brasil viveu uma explosão em meio à pandemia da Covid-19. No ano passado, o percentual das vendas online em todo o mundo aumentou de 16% para 19%. A informação foi extraída de um relatório elaborado pela Conferência da ONU sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD).
Nos Estados Unidos, onde as empresas de comércio eletrônico registraram no ano passado vendas de mais de um terço do total mundial, as compras online subiram de 11% para 14%.
No Brasil, o e-commerce também teve uma forte alta. De acordo com a consultoria Ebit/Nielsen, no ano passado, 13 milhões de brasileiros fizeram a primeira compra pela internet. O setor teve o impressionante crescimento de 83,68% em 2020, segundo avaliação divulgada em dezembro pela Câmara Brasileira da Economia Digital em parceria com a Neotrust.
Apesar da economia continuar impactada pela pandemia, a E-bit/Nielsen prevê um crescimento de 26% no e-commerce brasileiro em 2021, alcançando um faturamento de R$ 110 bilhões.
Ainda de acordo com esta estimativa, há a previsão de aumento de 16% no número de pedidos e de 9% no valor médio das vendas. Esse impulso pode ter três explicações:
Alguns dados de 2021 já começaram a aparecer. Segundo a empresa de tecnologia global Criteo, as vendas online de roupas e acessórios tiveram um crescimento de 23% no primeiro trimestre de 2021.
Um grande destaque neste segmento foi a categoria de itens esportivos. No início da pandemia, houve uma queda significativa, entretanto, nos primeiros meses deste ano registrou um aumento de 127%.
O setor de eletrônicos também já identificou um crescimento considerável em 2021. Principalmente, em função da necessidade de adaptação de muitos trabalhadores ao modelo de trabalho remoto. Ainda de acordo com a Criteo, a venda de laptops cresceu mais de 600% e a de tablets, 492%.
Empresas que buscam tecnologias disruptivas para melhorar a experiência digital dos consumidores se saíram muito bem no ano de 2020.
Nesse contexto, destacamos 3 cases de sucesso de diferentes proporções (global, nacional e regional) para você se inspirar.
O principal negócio da gigante varejista, o e-commerce, foi impulsionado de maneira sem precedentes em 2020, uma vez que um número recorde de pessoas passou a fazer compras online.
A empresa divulgou recentemente que teve um resultado líquido de US$ 26,9 bilhões nos 12 meses encerrados no último mês de março. Para se ter uma ideia, esse valor é maior que os lucros registrados nos últimos três anos cheios.
O isolamento social provocou o fechamento temporário de centenas de lojas da rede. Porém, isso não impediu que o grupo empresarial fechasse o segundo trimestre de 2020 com lucro de R$ 65 milhões.
O grupo que controla empresas em todo o Brasil — como Casas Bahia e Ponto — realizou novos investimentos em tecnologia, melhorou espaços e revisou contratos com fornecedores.
O peso do e-commerce nesse resultado é notável: a fatia do faturamento representada pelas vendas online saltou de 30% para 70% com a quarentena.
Por fim, um bom exemplo de sucesso de investimento na pandemia é de uma loja online de discos, a Vinil na Net. Eduardo da Rocha, dono da empresa, revelou ter vendido 30% mais no ano passado, comparado a 2019.
O empresário tem um e-commerce, que responde por 30% do faturamento. Os outros 70% são comercializados em um marketplace. Em média, Eduardo vende 50 discos por dia e fatura R$ 50 mil por mês. A previsão para 2021 é crescer as vendas em 20%.
Com um cenário atual, o empresário que tem e-commerce no Brasil ou deseja implementá-lo deve estar atento a algumas tendências interessantes.
Elas podem, inclusive, ser um bom norteador para definição de investimentos e estar diretamente relacionadas à estratégia de marketing digital de um negócio. Veja 3 tendências que destacamos.
O comportamento do consumidor está em constante mudança, principalmente com as novas tecnologias.
Uma delas é o voice commerce. Ele alia a automação com a praticidade, fazendo com que usuários possam escolher produtos ou serviços e façam compras por meio de aplicativos ou assistentes de voz.
Uma pesquisa realizada pela Capgemini com mais de 5 mil pessoas nos EUA, Reino Unido, França e Alemanha, mostrou que 51% das pessoas já usam assistentes de voz e que 35% delas já compraram produtos através da ferramenta.
A estratégia une o streaming ao e-commerce, por meio de uma transmissão ao vivo em que os espectadores podem saber mais sobre os produtos e fazer compras simultaneamente.
O live commerce aparece como tendência para o Brasil em 2021, uma vez que o interesse pelo assunto teve crescimento de 36,99% nos últimos 3 anos, segundo o índice de buscas no Google Trends.
Já a Realidade Aumentada é uma estratégia que une o mundo físico e o virtual, uma vez que permite com que o usuário tenha uma certa interação digital com o objeto como se ele estivesse no meio físico.
Segundo um executivo da Salesforce, 83% dos entrevistados em uma pesquisa apontaram que imagens de um produto são fatores decisivos para concluir a compra. Imagens em 3D aumentam em até 66% o engajamento de usuários com o anúncio. Além disso, o mesmo recurso diminui em 35% o volume de produtos devolvidos após a venda.
Portanto, a realidade aumentada e as imagens em 3D podem ser ferramentas muito interessantes para aprimorar o apelo visual e, consequentemente, a capacidade de vendas de um e-commerce no Brasil.
O pós-venda começa assim que o cliente finaliza a compra no e-commerce. Nesse momento, o empresário pode adotar algumas ações para tornar a experiência memorável. Por exemplo:
Transportadoras e até mesmo os Correios reduziram a capacidade operacional, suspenderam alguns serviços e substituíram modais de transporte com a pandemia do novo Coronavírus.
Muitas vezes, essas mudanças afetam os prazos e custos das entregas. Por isso é interessante revisar as opções de entrega do e-commerce, como a adoção da retirada na loja, se assim for possível; ou mesmo negociar contratos com outros fornecedores locais, visto que muitas empresas foram criadas na pandemia justamente para essa finalidade.
Nesse sentido, oferecer a opção de frete grátis a partir de um determinado valor de compra é uma boa forma de driblar esses impactos e até mesmo aumentar o volume financeiro das vendas.
Além das opções de entrega, é importante revisar também as opções de pagamento para aumentar as chances de fechar negócios.
Entenda que, nesse contexto de pandemia, grande parte dos consumidores teve as suas finanças afetadas. Então, nada mais coerente do que oferecer mais opções de pagamento que facilitem a compra no e-commerce. São opções interessantes:
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Todos os tipos de empresas podem investir em inovação por meio do uso de plataformas especializadas em gestão e automação.
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Além, claro, de contar com soluções pensadas para reduzir a inadimplência e reforçar os protocolos de segurança, a fim de proteger as transações, no seu e-commerce.
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