Segundo dados do Banco Mundial, o Brasil está em primeiro lugar quando o assunto é o tempo gasto pelas empresas para o cumprimento de obrigações tributárias acessórias, exigindo cerca de 2.600 horas/ano de uma empresa padrão de porte médio.
Assim, além da carga tributária, a complexidade do sistema tributário brasileiro faz com que o custo com a apuração e o recolhimento de tributos seja o maior do mundo, o que afeta negativamente a produtividade da economia nacional.
Por essas razões, uma reforma tributária que busque simplificar esse sistema é mais do que necessária, senão, urgente.
Pode parecer bobagem, mas você já parou para pensar no quão difícil é entender os impostos que você paga?
Ainda que você terceirize para um contador, o custo de estar em conformidade com a lei certamente te impacta.
Com isso em vista, o Governo Federal passou a apresentar um projeto de reforma tributária para o país. Mas, você sabe o quais são as principais mudanças?
Bom, neste post vamos esclarecer esse assunto e pontuar as alterações mais relevantes dessa proposta. Acompanhe!
Uma reforma tributária tem como intuito a ideia de alavancar em potencial as empresas brasileiras, favorecendo também o mercado de capitais.
Quando empresas são mais produtivas, sem amarras tributárias e participam de uma economia mais livre para crescer, o resultado é positivo para todos, inclusive acionistas. Em outras palavras, o cenário fica, também, favorável aos seus investimentos.
A proposta da reforma tributária apresentada pelo Governo Federal foi dividida em quatro partes:
Bom, vale lembrar que ainda não existe nada certo a respeito de todas essas fases, pois o projeto ainda está em formulação/aprovação. Assim, muitas mudanças ainda poderão ocorrer nesse percurso. Portanto, fique atento!
Vale lembrar que junto com a proposta do governo, corre no Congresso Nacional cinco diferentes propostas de reforma tributária, sendo as Propostas de Emenda Constitucional (PEC) nº45 na Câmara dos Deputados e a PEC nº110 no Senado Federal, as mais avançadas.
Diante do que já tem-se apresentado no Congresso, podemos destacar os principais pontos da reforma e os impactos que eles podem causar. Veja:
Com a chegada da CBS, o objetivo é trazer solução a quatro grandes problemas gerados pela legislação complexa do PIS e da COFINS. Assim, têm-se como foco:
A CBS tem como princípio a regra da uniformização, portanto, tende a acabar com grande parte de regimes de tributação diferenciados para determinados setores.
A CBS unificará as alíquotas no valor de 12%, que incidirá apenas sobre a receita bruta decorrente de operações realizadas com bens e serviços em sentido amplo. Além disso, tem-se como ideia a não integração à base de cálculo da CBS:
Na importação feita por pessoas físicas, os fornecedores estrangeiros e plataformas digitais serão responsáveis pelo recolhimento. Para isso, eles terão de fazer um cadastro simplificado, via web, pelo site da Receita Federal.
Neste caso, haverá isenção para:
Os principais regimes diferenciados de incidência de CBS são:
Será responsabilidade das plataformas digitais o recolhimento da CBS incidente sobre a operação realizada por seu intermédio na hipótese em que a empresa vendedora não realizar a emissão de nota fiscal eletrônica.
Vale ressaltar que não são consideradas plataformas digitais as empresas que:
Como pôde ser visto, o Brasil é o pior país em tempo gasto por empresas para pagamento de tributos.
Tanta complexidade afeta o crescimento das empresas. Com um sistema mais simples, justo e transparente, as empresas poderão produzir mais, com maior eficiência e poupando custos, gerando, assim, mais desenvolvimento para o país.
O cenário agora é de espera do desenvolvimento da tramitação dessas propostas, a fim de que se chegue a um determinador comum.
Gostou do nosso conteúdo? Então aproveite e confira nosso post sobre tributos diretos e indiretos, você sabe qual a diferença entre eles?
Conteúdo produzido pela eNotas
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