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BC limita Pix em R$ 15 mil: o que significa e como evitar que sua operação trave

Criado em 15 de set. de 2025

(Atualizado em 15 de set. de 2025)

No dia 5 de setembro de 2025, o Banco Central anunciou novas regras para reforçar a segurança do Sistema Financeiro Nacional. Entre as medidas, o ponto que mais chama atenção é o novo limite de R$ 15 mil por operação no Pix e na TED.

Ele se aplica quando a transação é realizada por instituições de pagamento não autorizadas ou por participantes conectados à RSFN por meio de PSTIs não credenciados.

Mas o que isso significa na prática para empresas de grande porte que utilizam a API Pix em seus sistemas? A gente te conta agora!

O que muda com as novas regras do BC?

O pacote regulatório trouxe mudanças que afetam diretamente a forma como algumas empresas realizam transferências eletrônicas. Veja os destaques:

1. Limite de R$ 15 mil por operação em Pix e TED

O teto vale apenas para instituições não autorizadas ou conectadas ao sistema via PSTIs não credenciados. Para empresas que operam com instituições autorizadas, o limite não se aplica.

2. Controles adicionais de segurança

Para liberar exceções ao teto, o Banco Central passou a exigir asseguração técnica independente. Além disso, cresce a necessidade de monitorar operações que somam valores altos em várias transações seguidas. Isso exige colaboração entre áreas de compliance e tecnologia para garantir que as operações estejam dentro das regras.

3. Requisitos mais rígidos para PSTIs

Os PSTIs precisarão comprovar capacidade financeira, reputação e governança. Também passam a ter exigência mínima de capital de R$ 15 milhões. Empresas que dependem de intermediários devem acompanhar de perto se esses parceiros estão devidamente adequados às normas.

4. Antecipação do prazo de regularização para IPs não autorizadas

Instituições de pagamento não autorizadas precisam solicitar autorização até maio de 2026 — antes, o prazo era 2029. Empresas que ainda utilizam essas instituições devem se planejar, sob risco de bloqueios ou até encerramento das operações.

Exceção: o limite pode ser dispensado se a instituição comprovar segurança reforçada por meio de credenciamento de PSTI ou asseguração técnica independente.

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Por que o Banco Central adotou essa medida?

O Banco Central justificou que o objetivo é reforçar a segurança do sistema financeiro. Nos últimos meses, criminosos exploraram falhas em instituições menores e intermediários tecnológicos para movimentar grandes quantias de forma ilícita.

O teto de R$ 15 mil foi desenhado para dificultar:

  • lavagem de dinheiro
  • sequestros-relâmpago com transferências de alto valor; 
  • ataques cibernéticos com desvio massivo de recursos. 

Segundo o BC, apenas cerca de 3% das contas do sistema são afetadas diretamente. Além disso, 99% das transações de empresas já estão abaixo desse valor, o que reduz o alcance prático da medida para a maioria das operações corporativas.

Ainda assim, o mercado já reage. Diego Perez, presidente da ABFintechs, afirmou em live que provedores de serviços B2B — como fintechs integradoras — estão enviando pedidos ao Banco Central para obter dispensa do teto de R$ 15 mil, já que atendem empresas que, por natureza, realizam transações acima desse valor.

Impactos diretos para empresas que usam a API Pix

Empresas que usam o Pix de forma intensiva podem sentir efeitos importantes, como:

  • risco de travar operações de alto valor — pagamentos únicos acima do teto podem ser bloqueados;
  • necessidade de fragmentação de pagamentos — valores maiores terão de ser divididos em várias transferências, o que aumenta a complexidade operacional e exige ajustes na API;
  • compliance mais rigoroso — o fracionamento pode gerar alertas de segurança, exigindo monitoramento reforçado para evitar bloqueios ou questionamentos;
  • prazo de adequação mais curto — instituições não autorizadas devem regularizar sua situação até maio de 2026. 

Na prática, 79 instituições não autorizadas já estão enquadradas nessa regra e terão de respeitar o limite de R$ 15 mil no Pix e na TED. Ou seja, negócios que dependem dessas instituições podem enfrentar travas operacionais imediatas. Confira a lista completa aqui.

O que sua empresa deve fazer agora?

Para não ser surpreendida pelas novas regras, a empresa pode adotar algumas ações imediatas:

  • verificar seu provedor de pagamentos — confirme se ele é autorizado pelo BC e tem conexão direta à RSFN;
  • rever fluxos internos de pagamento — identifique transações acima de R$ 15 mil e planeje adaptações;
  • mapear riscos de fracionamento — ajuste a API Pix para lidar com operações divididas, mantendo segurança e rastreabilidade;
  • acompanhar a regulação — novos ajustes sobre contas “bolsão” e modelos de Banking as a Service devem ser publicados ainda em 2025. 

Para empresas que já operam com instituições autorizadas, o impacto tende a ser pequeno. Mas é fundamental revisar integrações, ajustar processos e manter o compliance atualizado para não correr o risco de ver a operação travar.

Por que os clientes do Efí Bank não serão afetados?

As novas regras do Banco Central miram instituições não autorizadas e aquelas que dependem de intermediários tecnológicos (PSTIs) para se conectar ao sistema financeiro. Como o Efí Bank possui conexão direta à RSFN, nossos clientes não estão sujeitos ao limite de R$ 15 mil por operação.

Isso significa que empresas que utilizam a API Pix do Efí Bank podem continuar realizando suas transações com segurança e sem restrições adicionais. Além disso, o Efí Bank já mantém governança, compliance e monitoramento interno robustos, atendendo às exigências do BC e garantindo estabilidade para operações de grande porte.

O Efí Bank está preparado para apoiar grandes empresas, software houses e integradores que dependem do Pix em suas operações. Fale com nossos especialistas e saiba como podemos apoiar o seu negócio também!

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