De acordo com dados publicados pela Febraban Tech, “o percentual de golpes ou tentativas de golpes aumentou de 33%, em setembro de 2024, para 38% em março de 2025 no Brasil, segundo a edição mais recente da pesquisa Radar Febraban”.
Esse aumento mostra uma realidade: se você não caiu em um golpe, provavelmente conhece alguém que já caiu.
As instituições financeiras e de pagamento estão inovando cada vez mais em tecnologias, com o objetivo de tornarem seus processos cada vez mais seguros.
Entretanto, sabemos que os criminosos também têm aperfeiçoado as táticas de golpes, fazendo com que a educação digital e a conscientização sejam cada vez mais importantes para a população.
Conheça os principais golpes digitais no Brasil
Os golpes estão cada vez mais sofisticados. Para ganhar a confiança das vítimas, os criminosos utilizam nomes de empresas conhecidas, órgãos públicos e até programas sociais do governo.
Golpistas criam páginas, anúncios e perfis falsos que parecem reais para roubar dinheiro, senhas e dados pessoais.
Veja alguns exemplos comuns:
Perfis e páginas falsas em redes sociais que copiam toda a identidade visual de empresas, para divulgar descontos imperdíveis e promoções inexistentes.
Sites clonados que imitam o layout e a URL dos sites originais, induzindo o consumidor ao erro no momento da compra.
Promoções enganosas em datas especiais, oferecendo descontos “imperdíveis” em troca de cliques, preenchimento de cadastros ou formulários.
Uso indevido de logotipos em mensagens de phishing, fazendo a vítima acreditar que o contato é legítimo.
Falsas vagas de emprego com anúncios que prometem oportunidade imediata e ótima remuneração, mas exigem pagamento para inscrição, compra de cursos ou envio de dados pessoais.
Venda falsa de ingressos em sites que imitam páginas oficiais e desaparecem logo após o pagamento
Cartões e benefícios inexistentes, no qual golpistas oferecem “vale-presente” ou “cartão de compras” em nome de grandes lojas e bancos.
Pesquisas e formulários online que oferecem prêmios ou cupons em troca de respostas em questionários, porém, coletam dados para aplicar fraudes.
Utilização indevida de nomes de instituições financeiras e de pagamento oferecendo quitação de dívidas, empréstimos e financiamentos.
Golpes usando nomes de órgãos públicos
Além dos golpes em empresas privadas, há também fraudes envolvendo órgãos públicos. De forma indevida, golpistas utilizam nomes de instituições governamentais para aplicação de fraudes.
Eles enviam mensagens usando o nome do INSS, Detran, Receita Federal, Governo Federal e outros órgãos, por SMS, e-mail, ligações, WhatsApp e redes sociais. O objetivo é induzir a vítima ao erro, para roubar dados pessoais, dados bancários, senhas e dinheiro.
Esse golpe cresce porque os golpistas se aproveitam da confiança que as pessoas têm em órgãos públicos.
Exemplos de golpes usando nome de instituições:
INSS: mensagens sobre suposta revisão de aposentadoria ou restituição do desconto indevido. O fraudador pede que a vítima pague uma “taxa” para recebimento de valores, ou solicita dados pessoais e bancários para receber o benefício.
Receita Federal: mensagens sobre valores a restituir, pendências no CPF e malha fina. Lembre-se que você pode consultar a Situação Cadastral do seu CPF no site da Receita Federal.
Detran: aviso de multas, pontos na CNH ou necessidade de pagar taxas ou quitar débitos do veículo com urgência. Cuidado com os boletos falsos e consulte suas informações direto no site oficial do Detran do seu estado.
Governo Federal/Programas Sociais: mensagens sobre Auxílio Emergencial, Bolsa Família ou outros programas, pedindo dados pessoais, atualização cadastral ou pagamento de taxas para liberação do benefício.
Como identificar páginas e perfis falsos
Sempre que precisar efetuar um pagamento de taxa, boleto, quitação, empréstimo, financiamento etc., ou antes de contratar um serviço ou realizar uma compra de forma online, verifique todos os dados possíveis:
Endereço do site: os sites falsos tendem a imitar os endereços de sites legítimos, com pequenas diferenças. Por isso, fique atento para confirmar que esteja no endereço correto.
E-mail empresarial: verifique o endereço do e-mail recebido. Grandes empresas geralmente apresentam e-mail com domínio próprio.
Semelhança do logotipo: os sites falsos podem ter logotipos com algumas diferenças em relação aos sites legítimos. Caso fique na dúvida, faça uma busca na internet e confirme o logotipo original.
Reputação: antes de concluir uma compra online, pesquise a reputação da empresa e verifique possíveis reclamações de consumidores finais.
Dados da empresa:consulte o CNPJ da empresa no site da Receita Federal. Desconfie se a data de criação do CNPJ for recente, o nome empresarial ou nome fantasia for muito genérico ou se tiver erros de português.
Reprodução: x.com
Além disso, fique atento para mensagens com senso de urgência, como “pague agora” e “última chance”, pois são táticas comuns de fraudadores para enganar consumidores e roubas credenciais de acesso e dados pessoais.
E lembre-se: órgãos públicos não enviam links por WhatsApp, SMS ou e-mail, para que o cidadão insira senhas ou dados bancários.
O Efí Bank nunca liga para pedir dados pessoais, senhas, dados de cartão ou códigos de transação. Mantenha-se seguro! Confira aqui todas as nossas redes sociais e canais de atendimento oficiais.
Caiu no golpe? Veja o que fazer
Mesmo com todos os cuidados, qualquer pessoa pode ser vítima de um golpe. Se isso acontecer, siga as orientações abaixo para minimizar os danos:
Procure a delegacia de polícia mais próxima ou registre um Boletim de Ocorrência Eletrônico, se tiver esta opção no seu estado.
Comunique o banco, instituição financeira ou empresa envolvida.
Se você forneceu dados pessoais, troque todas as senhas imediatamente.
Fique atento a possíveis consequências do golpe, como roubo de identidade e tentativas de fraude.
✨ DICA: Acesse o Registrato (Banco Central) e consulte de graça: empréstimos no seu CPF, chaves Pix cadastradas e bancos onde você tem conta.
Mais dicas práticas para se proteger de golpes digitais
Lembre-se que adotar alguns hábitos no dia a dia pode reduzir o risco de cair em fraudes:
Sempre desconfie de ofertas muito abaixo do valor de mercado.
Antes de comprar, confira se o site tem https:// na barra do navegador. Apesar de não garantir 100% de proteção, esse cadeado é um sinal de segurança.
Nas redes sociais, procure por selos de verificação e desconfie de perfis recém-criados ou com pouca interação.
Não clique em links de sites desconhecidos, e procure buscar a informação de promoções diretamente no site oficial das empresas.
Se você receber um Pix errado, não devolva nem transfira para outra conta. Acione imediatamente o seu banco ou instituição financeira.
Em caso de dúvidas, sempre entre em contato pelos canais oficiais de atendimento, antes de clicar em algum link ou pagar qualquer valor.
Formada em Ciências Contábeis, atua na área de prevenção a fraudes desde 2021 e, no Efí Bank, é Analista de BackOffice Antifraude. Nos momentos livres, gosta de praticar esportes, explorar novos lugares e apreciar uma boa leitura.