O Banco Central divulgou no dia 19 de fevereiro de 2020, a marca Pix, nome do Pagamento Instantâneo no Brasil. O meio eletrônico de pagamentos facilita as transações financeiras e foi lançado em 2020, no mês de novembro.
O pagamento instantâneo é a grande novidade do sistema financeiro em 2020. Idealizado como uma solução para aprimorar o processo de pagamentos brasileiro, o Pix, nome dado à modalidade, permite enviar e receber transferências monetárias em até 10 segundos. Em uma operação realizada com um cartão, na modalidade débito, por exemplo, ela não gera crédito imediato para o recebedor. Já com o novo sistema, o valor pago pelo cliente é instantaneamente disponibilizado na conta.
Para realizar um pagamento instantâneo, é necessária a utilização de smartphone ou outro aparelho eletrônico. Esses mecanismos possibilitam o uso de chave de endereçamento e a leitura de QR Code estático ou dinâmico. E a modalidade não precisa de cartões de crédito ou dinheiro para efetuar as transações. Além disso, ele funcionará sete dias por semana, 24 horas por dia.
A implantação da marca Pix, novo meio eletrônico de pagamento, torna mais eficiente o processo financeiro no Brasil. O intuito não é extinguir as demais modalidades existentes, mas tirar o foco do dinheiro físico. Além disso, traz mais segurança e rapidez às transações e faz com que todas formas de pagamento disponíveis no mercado coexistam. Ademais, os cartões de crédito e boletos são formas consolidadas no país, o que garante a sua continuidade.
Algumas instituições de pagamento trabalharam em conjunto com o Bacen para desenvolver o Pix. Implementado, antes, na China e Estados Unidos, são mais de US$ 3 trilhões em transações digitais realizadas no país asiático em contraste com os US$ 112 bilhões movimentados no mercado estadunidense.
A primeira etapa da implantação no Brasil é feita entre pessoas, operação conhecida como person-to-person (P2P). Até 2021, pretende-se ampliar as transferências eletrônicas para empresas e governos. E, em até dois anos, a previsão é de que esteja funcionando completamente. No entanto, vale ressaltar que são pagamentos irrevogáveis. Portanto, uma vez que a cobrança é liquidada, não é possível efetuar o estorno.
Como dito anteriormente, o sistema de pagamento instantâneo funciona 7 dias por semana, 24 horas por dia. Nesse fator, ele já se difere de DOCs e TEDs, cujas transferências costumam ser realizadas de segunda à sexta-feira. Geralmente, transferências com TED e DOC tem o prazo de 1 dia útil para cair na conta do beneficiário. Além disso, sempre que ocorrem problemas nas transações, é gerado um inconveniente para pessoas que precisam quitar suas faturas com urgência. Ainda que, tanto DOCs quanto TEDs são realizadas por meio do internet banking, o que torna obrigatório possuir uma conta em uma agência bancária. Já com a marca Pix, o usuário pode ter uma conta em uma instituição de pagamentos, como a Efí, para realizar uma transferência.
“Muitas vezes uma pessoa deseja realizar um pagamento, envia o comprovante ao emissor, mas o valor cai na conta somente após alguns minutos. E, se for feito depois das 17 horas, será programado o envio para o dia seguinte. Não dá para confiar também se o TED ou DOC foi efetuado, somente após o recebedor ver o crédito em conta. Com o pagamento instantâneo, os valores são disponibilizados na hora e todos os sistemas são interconectados”, afirma Evanil de Paula, CEO da Efí.
A marca Pix ainda vai inserir no sistema financeiro um contingente de 48,4 milhões de desbancarizados. Esse número coloca o Brasil em 9º lugar do ranking de população sem conta bancária. Isso só será possível porque não é necessário vínculo com instituições bancárias tradicionais. Dessa maneira, as operações poderão ser realizadas com intermediação de fintechs, instituições de pagamentos e outros agentes.
Muitas adquirentes e subadquirentes estão saindo na frente e se preparando para as mudanças que acontecerão. E esse é o caso da Efí, instituição de pagamentos mineira com mais de 17 anos no mercado. A empresa compõe uma das 13 instituições com certificado de homologação enviado e validado pelo Banco Central. Portanto, ela se tornou apta para participar da implantação do Pix no Brasil. “Nós participamos de alguns grupos de discussão dentro do Banco Central. O fluxo do pagamento instantâneo ainda não está concluído. O escopo do Pix está em estudo pelo Banco Central, mas participamos diretamente com sugestões. Além disso, temos conhecimento sobre o andamento do projeto até o presente momento”, completa Evanil.
Além de desburocratizar o sistema financeiro, o pagamento instantâneo também barateia o processo de cobranças. O Pix foi elaborado em um contexto de eficiência operacional, possibilitando pagamentos de custo quase zero, com tarifas bastante reduzidas. “O pagamento instantâneo é muito importante para a Efí, que não terá intermediários no fluxo. Isso possibilita oferecer produtos mais baratos aos nossos clientes”. O CEO da Efí ainda completa, “[…] participar do processo faz com que estejamos no início de algo totalmente novo. É como se a Efí fosse um dos primeiros emissores de boletos ou cartão, lá no início. Estamos na linha de partida do Pagamento Instantâneo”.
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